domingo, 19 de abril de 2020

Resenha - O Retrato de Dorian Gray


WILDE, Oscar (1854-1900). Tradução e notas: Doris Goettems - São Paulo: Editora Landmark, 2014.⠀⠀
Título original: The Picture of Dorian Gray.⠀⠀
Edição comentada bilíngue: português / inglês.⠀⠀
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Spoiler Alert! ⚠️⠀⠀
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Dorian Gray, a personagem tida como principal na obra, é um jovem muito belo e puro. Certa vez, um aspirante a artista pinta um lindo retrato de Dorian, e este último anseia que sua aparência vistosa seja eternizada. O desejo é concedido. Mr. Gray torna-se imutável — jovial e charmoso, porém, o retrato começa a deformar a sua alma.⠀⠀
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Quando a personagem se entrega a uma vida de hedonismo, ele utiliza sua beleza persuasiva para obter tudo que deseja. Sua insensibilidade faz com que um amigo coneta suicídio. A perversidade da sua alma faz com que ele ceife a vida de um amigo a sangue frio.⠀⠀
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No decorrer de um par de décadas, Dorian interiormente se torna uma criatura monstruosa e isso fica refletido no retrato, ainda que ele permaneça o mesmo externamente.⠀⠀
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A homossexualidade do autor não é um segredo, inclusive, o leitor pode discernir facilmente pormenores que implicam tal fato na narrativa. Talvez, e somente talvez, as sutis insinuações à homossexualidade de Mr. Wilde hajam tornado suas obras demasiado atrativas aos amantes da literatura que simpatizam pelo homossexualismo.⠀⠀
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Entretanto, no livro, pode-se notar como o estilo de vida da personagem é deveras condenado pelo desfecho da narrativa. Em seu desenvolvimento, a trama tenta dissuadir o leitor a desejar justiça e redenção. No fim da obra, enfatiza-se a necessidade de punição — a morte como o salário do pecado.⠀⠀
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O que acontece com o ser humano que busca saciar seus desejos? Nós envelhecemos porque pecamos? Esses são alguns dos questionamentos que surgem na mente do leitor após o findar da leitura de O Retrato de Dorian Gray.⠀⠀
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Nota: 🏆🏆🏆🏆🏆

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