terça-feira, 17 de março de 2020

Resenha - Fahrenheit 451, de Ray Bradbury


A trama se passa em um futuro próximo, no qual um governo totalitário condena quaisquer tipos de materiais literários e didáticos. A obra foi concebida em 1953, período pós Segunda Guerra, e traz críticas severas à opressão anti-intelectual nazista, mostrando-nos a apreensão do autor pelo viés de uma sociedade inflexível.

Em Fahrenheit 451, adentramos a rotina da personagem Guy Montag (que é um bombeiro responsável pela queima de livros). Sim, você leu certo: os bombeiros se ocupam na incineração das casas e bibliotecas de cidadãos que infligem a lei antilivros.

Montag — que passa bastante tempo questionando-se acerca das suas motivações ou seu emprego — contesta seus ideais após ver uma mulher ser queimada viva junto ao seus livros. O bombeiro divaga sobre o que poderia haver ocasionado tal atitude. Ela estaria ensandecida? Ou será que os livros de fato tinham algo a oferecê-la?

O enredo é absurdamente tenso. Ao opor-se à ordem natural das coisas, Montag se põe num verdadeiro inferno terrestre.

Fahrenheit 451 é um livro profundo: inspira questionamentos filosóficos que instigam o leitor a refletir sobre como seria o mundo caso os livros fossem extinguidos.

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